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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

008 - biologia da crença - bruce lipton P2

Quase toda a minha formação científica havia sido dentro de salas de aula, auditórios e laboratórios frios e estéreis. Meu contato com aquele ecossistema tão rico me fez ver a biologia como um sistema vivo e integrado, e não mais como um conjunto de espécimes dividindo espaço em um planeta. Passeando pelas florestas e mergulhando entre os recifes de coral, pude observar de perto plantas e animais em seu habitat e perceber melhor sua interação. Existe um equilíbrio delicado e dinâmico entre todas as formas de vida e o ambiente. O que descobri nos Jardins do Éden do Caribe foi harmonia e não uma luta desesperada pela sobrevivência. Percebi que a biologia tradicional dá pouca ou nenhuma importância à questão da cooperação, pois a teoria de Darwin enfatiza apenas a natureza competitiva dos seres vivos. 


Mas a fase final de minha vida académica foi na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, agora defendendo e propagando abertamente a "nova" biologia. Questionava não apenas Darwin e sua versão canibal da evolução, mas também o dogma central da biologia, segundo o qual os genes controlam a vida. Este dogma tem uma séria falha: os genes não ligam-desligam sozinhos. Ou, em termos mais técnicos, não são aquilo que chamamos de "autoemergentes". 

Duas informações relevantes neste texto introdutório se devem: primeiro, existe uma divergência entre as teorias de Darwin e as novas pesquisas realizadas nas últimas décadas. Os cientistas começaram a rever tais conceitos quando a pesquisa do Genoma Humano apresentou questões anômalas para os atuais modelos de estudo da biologia [ver adiante em Genoma]. Segundo, que Lipton foi forçado a admitir que as suas desconfianças sobre o modelo darwiniano só puderam florescer graças ás condições extraordinárias que aconteceram em sua vida. Este comportamento de ruptura parece acontecer bruscamente, mas na verdade são elementos de transformação que acontecem com aqueles que parecem aptos a desenvolver novos modelos. 

O que eu quero dizer é que, as desconfianças não nasceram inesperadamente de uma experiência reveladora. Este comportamento, que ele chama de interconectividade, eu chamo de conexões amplas. Tais conexões acontecem initerruptamente e acessam o nosso subconsciente, trazendo informações que acabam sendo incorporadas, mesmo que não a compreendamos. Costumamos chama-las de inspirações e/ou intuições, mas são muito mais. Adiante ele nos explica melhor estas conexões quando exemplifica as reais interações das células, que já não podem ser vistas de um ponto de vista newtoniano, ou seja, linear. Os biólogos já conheciam estas informações através da observação das células desde que o microscópio foi inventado. 

É preciso que fatores externos do ambiente os influenciem para que entrem em atividade. Os biólogos já sabiam disto havia muito tempo, mas o fato de seguirem cegamente os dogmas da ciência os fazia ignorar esse conhecimento. Por isso, cada vez que eu me manifestava era duramente criticado por todos. 

Novas pesquisas confirmam a todo instante meu ceticismo em relação ao dogma central e ao princípio de que o DNA é que controla a vida. Na verdade, a epigenética, que é o estudo dos mecanismos moleculares por meio dos quais o meio ambiente controla a atividade genética, é hoje uma das áreas mais atuantes da pesquisa científica em geral. O papel do meio ambiente no controle das atividades dos genes já era o foco de minhas pesquisas 20 anos atrás, antes mesmo de a ciência se interessar pelo assunto. É gratificante saber que hoje mais pesquisadores se interessam por esta área. Nestes últimos dez anos eu me tornei ainda mais radical em relação aos padrões académicos e minha preocupação com a nova biologia hoje é muito mais que mero exercício intelectual. Acredito que as células podem nos ensinar muito, não apenas sobre os mecanismos da vida, mas também como viver de maneira mais rica e completa.



     [...]

        O que muitos cientistas ainda consideram antropomorfismo, ou melhor, citopomorfismo, eu chamo de "biologia 101". Você pode se considerar um indivíduo, mas como biólogo celular eu lhe digo que você é uma grande comunidade cooperativa de aproximadamente 50 trilhões de células e que a maioria delas vive como amebas, ou seja, organismos que desenvolvem uma estratégia cooperativista para a sobrevivência de todos. Em termos mais simples: os seres humanos são meros resultados de uma "consciência amebóide coletiva". Assim como uma nação reflete as características de seus cidadãos, nossa condição humana reflete a natureza de nossa comunidade celular.


A ideia da cura não está na sabedoria do homem que corta, mede e pesa; está na nossa própria força interior. Cristo deixa isto bastante claro quando diz em João 10: 

        34 Jesus lhes respondeu: "Não está escrito na Lei de vocês: 'Eu disse: Vocês são deuses'? 35 Se ele chamou 'deuses' àqueles a quem veio a palavra de Deus (e a Escritura não pode ser anulada), 36 que dizer a respeito daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo? Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: Sou Filho de Deus? 37 Se eu não realizo as obras do meu Pai, não creiam em mim. 38 Mas, se as realizo, mesmo que não creiam em mim, creiam nas obras, para que possam saber e entender que o Pai está em mim, e eu no Pai".

Se referindo ao Salmo 82: 6 "Eu disse: 'Vocês são deuses, todos vocês são filhos do Altíssimo'.

Bem, na verdade não conseguimos aplicar esta Verdade em nossas vidas. Talvez porque estejamos afundados em impressões doentias, tememos o mundo que nos cerca. Mas se fôssemos capazes de reverter este pensamento poderíamos nos curar tão rapidamente com um simples estalo dos dedos. Bruce Lipton nos apresenta uma explicação científica que poderia ser desnecessária se compreendêssemos que as religiões, as doutrinas e as filosofias são exatamente as respostas que procurávamos. Infelizmente temos a petulância de reverter as religiões para uma série de rituais a serem cumpridos por temor, culpas, medos que não existem. A verdadeira mensagem das religiões pode ser analisada por um novo enfoque que priorize o amor e não a discórdia e o medo, que crie harmonia e interação e não competição.

Mas ainda temos dificuldade em aceitar que a cura seja como um passe de mágica. Talvez por causa da ideia de pecado e culpas que nos rodeiam. Então precisamos de alguma ajuda. Por isso estou apresentando mecanismos muito eficientes como: a programação neurolinguística, as constelações familiares, – este eu não entendo, mas funciona –, o reiki, a cura reconectiva, o método Psyck-K, os livros de autoajuda, etc. Quanto aos livros tenho que acrescentar que serão aqueles que chegarem a suas mãos, aqueles que você entender melhor para a sua reformulação interior. Podem ser livros espirituais, esotéricos, científicos, psicológicos ou mesmo uma história em quadrinhos.

Portanto somos influenciados pelo conjunto de células que compõem o nosso corpo. O contrário também é verdade. Temos a capacidade de modificar o funcionamento do nosso organismo, é o que as religiões dizem ao colocar o homem semelhante a Deus, que somos filhos de Deus conforme escrito no Gênese e reafirmado por Cristo. Em todas as religiões existem escrituras semelhantes que dizem ser o homem dotado das capacidades infinitas de Deus. Mas o que aconteceu para passarmos a acreditar que somos suscetíveis às doenças? Ou seria o contrário, que por termos capacidade infinita e um ponto de vista errôneo, tornamos as doenças reais?

"Espera aí! Ele está dizendo que os seres humanos são Deus?"

Sim... mas não sou o primeiro a fazer esse tipo de afirmação. Está escrito no Gênese que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Ninguém diria que um cientista tão racional quanto eu acabaria citando mestres como Jesus, Buda ou Rumi ou que minha visão reducionista da vida acabaria dando lugar à espiritualidade. Mas se somos realmente a imagem de Deus precisamos colocar novamente o espírito na equação quando se trata de melhorar nossa saúde física e mental.

Extraído de 065MH1 e 066MH1
Biologia da Crença, Dr. Bruce Lipton

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